Celulas Tronco
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vista outubro/novembro/dezembro Como o Brasil avança nos estudos de células-tronco
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EM r E vista 19 outubro/novembro/dezembro Desde a aprovação da Lei de Biossegurança, em 2005, os estudos com células-tronco têm se intensificado e estão na fronteira do conhecimento, dando uma grande esperança para o tratamento de doenças degenerativas ou genéticas. Estima-se que existam hoje cerca de 30 mil embriões congelados nas clínicas de fertilização do país
As células-tronco são conhecidas pela capa
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cidade de se dividir dando origem a células semelhantes às progenitoras e de se transfor
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mar em outros tecidos do corpo, como ossos, nervos, músculos e sangue. Por essas caracte
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rísticas, as células-tronco são importantes na aplicação terapêutica, sendo potencialmente úteis em terapias de combate a doenças car
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diovasculares, neurodegenerativas, acidentes vasculares cerebrais e doenças hematológicas.
As pesquisas com células-tronco hematopo
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éticas se expandiram após estudos realizados pelos canadenses Ernest McCulloch e James
Till, na década de 1960. Hoje esses estudos estão na fronteira do conhecimento e consti
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tuem a grande esperança para o tratamento do diabetes, mal de Parkinson, Alzheimer e outras doenças degenerativas e genéticas.
As células-tronco do organismo são responsá
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veis pela formação de cerca de 220 tipos diferen
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tes de células. Elas podem se replicar e também sofrer um processo de diferenciação para formar as células que compõe os diversos órgãos e teci
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dos do corpo. As primeiras pesquisas foram fei
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tas há mais de 20 anos com camundongos. Em
1998, as células-tronco embrionárias foram iso
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ladas de embriões humanos pela primeira vez.
No Brasil, as pesquisas com células-tronco embrionárias foram aprovadas em março de
2005, pela Lei de Biossegurança (Lei 11.105/05), que, entre outras coisas, regula a produção e a comercialização de produtos