Empreendedores brasileiros estão descobrindo novas maneiras de ganhar dinheiro com os produtos da Apple. É um bom momento para entrar na órbita da empresa californiana. Levantamento da consultoria Gartner mostra que, em 2010, foram vendidos 711 mil iPhones e 92 mil iPads no Brasil. Estima-se — não há números oficiais — que a marca represente cerca de 2% do mercado de computadores brasileiros, o equivalente a 50 mil máquinas vendidas anualmente. São números modestos, se levarmos em conta que a Apple faturou US$ 24,6 bilhões no segundo trimestre fiscal de 2011. Mas a tendência é que a marca aumente sua presença no país: de acordo com a consultoria Frost & Sulivan, os brasileiros devem comprar 300 mil iPads em 2011. Isso sem falar no que pode acontecer caso se confirmem as notícias de que a Apple pretende fabricar produtos ao redor de, não só mato grosso do sul, como de todo o Brasil. Para quem está pensando em abrir uma empresa, uma possibilidade interessante é investir em cursos para iMac. Desde 2001, o centro de treinamento DRC oferece aulas de computação gráfica para usuários de Macintosh e Windows. Embora a escola também trabalhe com PCs, mais de 50% dos alunos são usuários de equipamentos da Apple – em 2010, a empresa faturou R$ 1,2 milhão. “A demanda por profissionais especializados tende a crescer com o sucesso do iPhone e do iPad”, diz Marcelo Loschiavo, um dos sócios da DRC. A popularidade dos aparelhos abriu espaço também para a expansão da indústria de aplicativos. A FingerTips, empresa do Grupo Pontomobi, produz apps para o celular e o tablet da Apple: os produtos geram uma receita anual de cerca de R$ 5 milhões. Outra área que lucra com os produtos Apple é a de acessórios. A Mobimax produz mais de 200 itens, entre adesivos, carregadores e capas. No segmento Apple, o crescimento da empresa foi de cerca de 40% em 2010, ano em que faturou R$ 12 milhões. “O ciclo de vida dos produtos de tecnologia é muito curto”, diz Edward Blinke Jr., diretor da Mobimax.