CELSO FURTADO CAF
ÍTALO BIANCH SILVA FILHO
2º PROVA – FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL 16/07/2015
1) O Brasil redescobriu o caminho do crescimento via exportação a partir da cultura do café. Depois da queda de rentabilidade no mercado açucareiro e sem condições de levantar crédito para dinamizar sua economia, o Brasil foi obrigado a se reinventar e trabalhar com o que já tinha: terra em abundância. Desta forma, a cultura do café encaixou-se perfeitamente com o cenário brasileiro e o permitiu ser o principal produtor mundial de café entre o fim do séc XIX e começo do séc. XX. Com uma classe produtora organizada, influente politicamente, com boas condições de mercado e ambiente propício ao café, cada vez mais brasileiros capitalizados entravam nesse negócio bastante promissor. Porém, o café é um produto com demanda inelástica. Ou seja, os níveis de consumo per capita não se altera significativamente em função da renda. Portanto, o aumento constante da produção de café e sua demanda estável iria, invariavelmente, causar excesso produtivo
E houve excesso produtivo. Contudo, com a formação da república, os empresários locais tinham muito mais voz no cenário político. Assim, pôs-se em prática medidas para atenuar essa queda de preços a níveis mundiais. Como o Brasil tinha um semi-monopólio, a contração da oferta brasileira acarretava em aumento de preços. E dessa forma o Brasil tentou combater o problema: O Estado garantia a compra do excedente produtivo a fim de conseguir a estabilidade nos preços e salvaguardar este setor econômico. Que por um lado permitia que a economia ainda permanecesse girando e empregando mas por outro, esta política gerava um incentivo que agravava ainda mais a pressão produtiva, pois ao garantir a compra do excedente, o governo garantia alta rentabilidade no cultivo do café. E, consequentemente, as produções não paravam de crescer, pois não havia um plano paralelo de dar condições para que o lucro cafeeiro fosse empregado em