Integraçao Latino Americana

1) O processo de integração latino-americano tem seus primeiros passos com a criação da CEPAL, que é um instrumento administrativo que nasce vinculado ao ECOSOC (ONU), em 1948. A CEPAL traz em seu seio o impeto desenvolvimentista industrial da América Latina e Caribe. Teoricos que fizeram parte da CEPAL, como o argentino Raul Prebisch e o brasileiro Celso Furtado manifestaram, entre outras coisas, a importância da industrialização para o desenvolvimento da região latina e caribenha, defendendo a necessidade de integração economica regional. As ideias surgidas da CEPAL tiveram influencia para o primeiro exercicio de integração regional da América Latina, que foi a ALALC – Associação Latino-americana de Livre Comércio (1960). A ALALC, criada pelo tratado de Montevideo, tinha como objetivo a criação de uma zona de livre comércio entre os países latino-americanos.
Os principios direcionadores da ALALC foram: (1) Clausula de nação mais favorecida, em que os Estados participantes não podem oferecer condições mais beneficas aos associados de forma desigual; (2) o principio do tratamento nacional, em que os Estados membros devem ser tratados da mesma maneira que o nacional; (3) lógica de não discriminação, em que não se deve discriminar um Estado frente ao outro.
O projeto, apesar de ambicioso, não deu certo. Alguns aspectos fragilizaram sua aplicabilidade, como a existencia de modelos economicos baseados no nacional-desenvolvimentismo, com uma postura mais autárquica onde os países latino-americanos, influenciados pela 1a onda de regionalismos pós primeira guerra adotaram praticas protecionistas. Embora esse protecionismo da ALALC fosse no sentido exógeno, ou seja, não se aplicava aos associados, a pratica contribuiu para a falha. Além disso, havia a insurgencia e ploriferação de regimes politicos autoritarios na regiao que prejudicavam a logica da integração. Tinha-se ainda a criação do pacto andino em 69, onde o Chile assumiu um papel de liderança e contraposição