Cefaléia na Sinusite Crônica
Grande parte das pessoas sofre ao longo da vida, e pelos mais variados motivos, de cefaléias, vulgarmente designadas por dores de cabeça. As cefaléias podem ser classificadas, basicamente, em primárias e secundárias, de acordo com suas causas.
O tipo mais comum de cefaléia primária é a cefaléia de tensão. Neste caso, o doente tem episódios recorrentes de dor que podem durar de 30 minutos a semanas. A dor é tipicamente bilateral, com caráter de pressão ou aperto, de intensidade fraca a moderada; não piora com atividade física de rotina e não há náuseas. Os doentes podem descrever a dor como sendo semelhante à que ocorre com o uso de uma fita apertada em volta da cabeça. Verifica-se por vezes uma hipersensibilidade considerável dos músculos do crânio, mandíbula e pescoço, facilmente perceptível através da palpação manual.
A Classificação Internacional de Cefaléias classifica as cefaléias tipo tensão em episódica pouco freqüente, episódica freqüente e crônica, mediante a freqüência das crises. Sua causa ainda não é bem esclarecida, podendo dever-se à tensão física (contração muscular sustentada), à tensão psíquica (ansiedade prolongada), ou a ambas. No tratamento são usadas medidas farmacológicas e não-farmacológicas, mas, em primeiro lugar, é importante identificar os fatores desencadeantes e agravantes, como por exemplo, perturbações do ritmo do sono e ansiedade prolongada, tentando eliminá-los.
No tratamento sintomático das crises podem ser utilizados vários agentes terapêuticos: oxigenoterapia, com a administração do oxigênio por máscara por um período de 20 minutos seguido de 5 minutos de descanso, repetindo a administração se necessário; triptanos intra-nasais ou em injeção subcutânea (contra-indicado nos doentes com hipertensão mal controlada, enfarte do miocárdio ou patologia vascular cerebral prévia); lidocaína (substância anestésica) em gotas por via intra nasal e ainda corticosteróides em casos mais complicados.
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