Cecilia meireles
Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil:
— em que espelho ficou perdida a minha face?
Cecília Meireles
Analise
O eu lírico faz um retrato a si próprio, mostrando as mudanças, tanto as transformações psicológicas quanto as físicas passadas ao longo da vida.
Faz uma comparação entre como a pessoa era no passado e como ela é no presente. Usando adjetivos que expressam características. Mostra a rapidez do tempo e da vida, que quando abrimos os olhos percebemos que o tempo já se foi.
A linguagem poética tem fortes elementos simbolistas, o que torna a renovadora dessa tradição no Brasil, com traços estilísticos que têm sido chamados de pós-simbolistas.
Cecília Meireles, por ter seguido um caminho muito pessoal, não pode ser enquadrada em um movimento ou uma estética determinados. Seus versos geralmente curtos, de conteúdo lírico tradicional e bastante pessoais, têm raízes simbolistas e caracterizam-se pela musicalidade, descritivismo e imagens sensoriais. ( fabi, vê se você acha importante coloca essa parte aqui, com outra cor, senão pode tirar, é que ta meio copiado e colado)
Biografia
Cecília Meireles nasceu no dia 7 de novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro e seu nome completo era Cecília Benevides de Carvalho Meireles.
Sua infância foi marcada pela dor e solidão, pois perdeu a mãe com apenas três anos de idade e o pai não chegou a conhecer (morreu antes de seu nascimento). Foi criada pela avó Dona Jacinta. Por volta dos nove anos de idade, Cecília começou a escrever suas primeiras poesias.
Formou-se professora e com apenas 18 anos de idade, no ano de 1919, publicou seu primeiro livro “Espectro” (vários poemas de caráter simbolista). Embora fosse o auge