catarina eufémia
→ Catarina Efigénia Sabino Eufémia nasceu a 13 de Fevereiro de 1928 em Beja.
→ Era uma mulher de estatura mediana (1,65 m mais precisamente), de cabelos pretos, olhos castanhos e sistema muscular pouco desenvolvido.
→ Casou-se com um cantoneiro de nome António do Carmo e juntos tiveram três filhos.
→ O Alentejo era uma região de grandes terrenos que proporcionavam a existência de trabalhos apenas sazonais os quais levavam a que os trabalhadores tivessem muito más condições de vida.
→ A alentejana dedicava-se à profissão de ceifeira e foi em consequência da prática desta actividade que acabou por falecer a 19 de Maio de 1954, em Baleizão.
→ No derradeiro dia, em plena época da ceifa do trigo, Catarina e outras treze ceifeiras foram reclamar com o feitor da propriedade onde trabalhavam para obter um aumento de dois escudos por jornadas.
→ As catorze mulheres foram suficientes para atemorizar o feitor que foi a Beja chamar o proprietário e a guarda nacional republicana.
→ Catarina fora escolhida pelas suas colegas para apresentar as suas reivindicações.
→ A uma pergunta do tenente da guarda, Catarina terá respondido que só queriam "trabalho e pão". Como resposta teve uma bofetada que a atirou para o chão.
→ Daí, ao levantar-se, terá dito: "Já agora mate-me." → Catarina terá, de seguida, sido morta pelo tenente Carrajola com três tiros e o seu filho de 8 meses, que se encontrava ao seu colo, terá saído magoado da queda.
→ Lutava por pão e trabalho e, rapidamente se tornou um símbolo da resistência do proletariado rural alentejano à repressão e à exploração do salazarismo e, ao mesmo tempo, um símbolo do combate pela liberdade e pela emancipação da mulher portuguesa.
→ Ao torná-la numa lenda da resistência antifascista, o PCP teria adulterado alguns pormenores da vida e morte de Catarina Eufémia, proferindo que esta era militante do partido.
→ Vários livros foram feitos de modo a esclarecer este mito.
→ Sophia de Mello Breyner