A casa das sete mulheres
A obra é considerada como pertencente ao gênero romance pelas algumas destas características:
Cabe lembrar que, seguindo os modelos europeus, o romance romântico se fundamenta no tripé: HERÓI-DONZELA-ANTI-HERÓI, ou seja, o chamado triângulo amoroso.
Nesta obra o triângulo se representa em Manuela, Guiseppe e Anita Garibaldi.
O herói é considerado como um jovem, bom caráter, respeitador, virtuoso, amoroso, que luta a fim de merecer a mão da donzela, a quem ama. Por sua vez, a donzela é uma jovem passiva, formosa, meiga, á espera que o casamento símbolo da felicidade plena se realize. Já o anti-herói, ao contrário do herói , geralmente é uma pessoa má, desprovida de qualquer ato de bravura que luta para que o casamento não se concretize.
Observa-se que todo o romance romântico apresenta invariavelmente um final feliz (os protagonistas casam-se e são felizes para sempre) ou o final trágico (o casamento não se concretiza), restando à esperança da felicidade na vida eterna.
Apresenta também a seqüência: PRINCIPIO-MEIO-FIM; narrativa linear por tanto.
Idealização da mulher:
A escritora quase que diviniza a mulher. Isso talvez seja em decorrência da busca ao passado medieval.
Estes são alguns exemplos de como se caracteriza na obra a mulher:
São mulheres lindas, deusas pastoris, belas na juventude e desejáveis na maturidade. “Caetana [...] mirou-se no espelho de cristal. [...] Tinha quarenta e dois anos e ainda era bonita. “Bentos Gonçalves [...] Depois das escapadelas com as criadas, ele voltava para o quarto e sabia ser ainda mais carinhoso; mostrar, enfim, o quanto a queria.”
São mulheres de olhos verdes como as matas e azuis como os céus, de cabelos negros como a noite e dourados como os trigais. Mulheres de pele alva cheirando a “rosas” que desejam e entregam-se sem pejo, em atos, sonhos e delírios, másculos e belos guerreiros que abandonam os combates para