Catalisadores de automóveis.
O catalisador do seu carro já funcionava bem e continuará funcionando. Mas não pelos motivos que os cientistas acreditavam até agora. Pesquisadores holandeses descobriram que, embora o resultado seja o esperado, os catalisadores de automóveis na realidade têm um funcionamento diferente daquele apresentado nas explicações dadas pelos químicos.
Conversão de CO em CO2
A conversão do monóxido de carbono em dióxido de carbono não acontece em um único passo, como se acreditava, mas em pelo menos duas etapas distintas. E, pelos experimentos iniciais, os pesquisadores concluíram que essa segunda reação é muito mais eficiente do que a primeira. A descoberta deverá permitir a fabricação de catalisadores melhores e mais eficientes.
Até hoje ninguém conhecia essa segunda reação química. Por causa disso, os químicos sabiam, por exemplo, que um catalisador era bom e outro era ruim, mas não sabiam explicar por que isso acontecia. A nova descoberta agora vai permitir que se determine com precisão a estrutura atômica que faz com que o catalisador funcione de forma mais ou menos eficiente.
Camada de óxido
Considerava-se que a formação de uma finíssima camada de óxido sobre o catalisador atrapalhava a catálise. O pesquisador Marcelo Ackermann descobriu como essa camada se forma e foi capaz de demonstrar que ela na verdade melhora o funcionamento do catalisador.
No entendimento tradicional da reação química que acontece no interior dos catalisadores, o óxido de carbono (CO) e uma molécula de oxigênio (O2) são adsorvidas (fenômeno de adsorção, com d mesmo) sobre a superfície do catalisador, fazendo com que a molécula de oxigênio se quebre em dois átomos separados. A seguir, O e CO se juntam na superfície, resultando na produção de CO2.
Oxidação direta
Mas o processo pode se dar também de uma forma inteiramente diferente - esta é a segunda reação, descoberta por Ackermann. Neste caso, a superfície do catalisador primeiro forma uma