Castilhismo no Sul
O Castilhismo era o nome dado à corrente política do oligarca gaúcho Júlio Prates de Castilhos, no início da República Velha. Sofreu forte influência do positivismo de Auguste Comte. Uma corrente política de forte cunho conservador, ao mesmo tempo em que apostava na modernização econômica, por ter na burguesia industrial e urbana suas bases de apoio. O castilhismo pode ser considerado uma filosofia política ou uma doutrina na medida em que ele se orientava por princípios e indicava, como derivação, um sistema de governo definido. A ascensão do castilhismo surgiu junto com a ascensão pessoal de Castilhos e do Partido Republicano Riograndense. O castilhismo permaneceu como força hegemônica no Rio Grande do Sul ininterruptamente entre 1893 e 1937.
Tem como princípios básicos a Escolha dos governantes baseado na sua pureza moral e não na sua representatividade popular; que na política devem ser eliminadas as disputas políticas partidárias e valorizar só a virtude e que o governante deve regenerar a sociedade, e o Estado comandar a transformação e modernização da sociedade.
A Revolução Federalista no Rio Grande do Sul (1893), guerra civil gaúcha em que os liberais pegaram em armas contra o governo conservador de Castilhos e foram derrotados. O líder da oposição, o monarquista Silveira Martins, tinha sido o pivô da proclamação da República em 1889 e era desafeto tanto de Deodoro, quanto dos republicanos históricos. A vitória dos pica-paus de Castilhos sobre os maragatos de Silveira Martins na Revolução Federalista de 1893 deu forte impulso ao castilhismo.
Os castilhistas que antes eram somente no Sul do País, expandiram sua influência, colocando em cenário nacional nomes como Borges de Medeiros, Flores da Cunha, Osvaldo Aranha e Getúlio Vargas. O auge do castilhismo se deu em 1930, quando a Revolução alçou Vargas à presidência do Brasil, contando com o apoio inicial de tenentistas e modernistas. Contudo, houve conflitos que geraram as dissidências de