Caso da pepsi
PepsiCo: um passo à frente
e dois para trás?
A CEO IndrA nOOyI ApOstA Em prOdutOs mAIs sAudávEIs, mAs é CrItICAdA pOr EnfrAquECEr mArCAs trAdICIOnAIs dA EmprEsA, COmO mOstrA EstA rEpOrtAgEm
A reportagem é da equipe da Knowledge@Wharton.
• À frente da PepsiCo, Indra Nooyi investe pesadamente em produtos com menos açúcar e gorduras e com mais nutrientes. Sua meta era aumentar o faturamento com bebidas e snacks nutritivos para US$ 30 bilhões até 2020. Ela também vem promovendo a iniciativa “Performance com propósito”, que abraça causas planetárias. • Os acionistas, porém, não gostaram das medidas, por conta da queda do valor das ações e pelo fato de o retorno para a transformação rumo à sustentabilidade demorar a vir. A mídia de negócios alinhouse com Wall Street, minimizando a estratégia como uma “manobra politicamente correta”. Nooyi recuou: o orçamento de marketing de 2012 beneficiou os produtos tradicionais. • O caso ilustra a dificuldade prática de as empresas mudarem com as métricas de investimentos atuais. Na análise de um especialista de Wharton, um erro de Nooyi foi tentar fazer tudo em pouco tempo; essa transição precisa, necessariamente, demorar.
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HSM Management 96 • JANEIRO-FEVEREIRO 2013 hsmmanagement.com.br
fotos: Arquivo pepsico/divulgação
Em um de seus maiores lançamen-
tos, a PepsiCo apresentou a Pepsi Next ao mercado norte-americano em março de 2012. Trata-se de uma bebida que tem 60% menos açúcar que a Pepsi-Cola tradicional. A campanha publicitária de lançamento era dirigida a quem, preocupado com o consumo calórico, substituiu refrigerantes por chás e pelas chamadas águas saborizadas. “Beber para crer” era a mensagem. Mas será que Wall Street crê? Os últimos anos estão sendo difíceis para a PepsiCo. Indra Nooyi, presidente do conselho e CEO, vem focando produtos mais saudáveis, porém o desempenho não tem sido bom. As ações se mantiveram quase inaltera-
das desde que ela assumiu o cargo, há