caso concreto 10

2.2 Modelos de atenção as doenças crônicas

A depressão, como já frisado anteriormente, é um distúrbio afetivo, onde há principalmente a presença de tristeza e baixa autoestima, entre outros sintomas. Ressalta-se que em virtude do alarmante crescimento dos diagnósticos de depressão ela vem sendo entendida como doença crônica, entendida esta como aquela que não é resolvida em curto espaço de tempo.
Embora a classificação das doenças crônicas tenha se ampliado e a intensificação dos tratamentos para estas doenças também, o sistema de saúde não esta planejado para enfrentar o problema da depressão, é o que atesta estudo realizado por Eugênio Vilaça Mendes (Mendes 2007).
Os sistemas de serviços de saúde foram planejados para atender às situações extremas das doenças. Isso determinou uma cultura organizacional voltada para as urgências e emergências, valorizadora dos pontos de atenção à saúde estabelecidos para eventos agudos e destinados à trabalharem sob pressão, com o desígnio de curar, não de acompanhar casos mais brandos e de prevenir.
Como em destaque:
(Mendes 2007) “os cuidados inovadores reorientam os sistemas de saúde para resultados e os resultados esperados para os problemas crônicos são diferentes dos resultados dos problemas agudos. Os pacientes com problemas crônicos precisam de maior apoio e não apenas de intervenções biomédicas. Esses pacientes necessitam de atenção integrada que envolva tempo, cenários de saúde e prestadores, além de se envolverem com o autocuidado. Os pacientes e suas famílias necessitam de apoio em suas comunidades e de políticas abrangentes para a promoção da saúde e a prevenção ou manejo eficaz das condições crônicas. Isso requer um novo modelo de atenção à saúde.”
Na depressão, é imprescindível o acompanhamento médico psicológico, tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado. Encontramos logo no começo do artigo “O cuidado, os modos de ser (do) ser humano e as práticas de saúde”, de José Ricardo C. M.