Caso Celobar

ACIDENTE COM O SULFATO DE BÁRIO: CASO CELOBAR®
Sulfato de bário é um sólido cristalino branco com a fórmula química BaSO4. É pouco solúvel em água e outros solventes tradicionais, mas é solúvel em ácido sulfúrico concentrado. Não é absorvido pelo intestino, portanto não sofre metabolização. É totalmente eliminado pelo trato gastrintestinal (100% de eliminação fecal).
O sulfato de bário tem uso presente na fabricação de papéis fotográficos, pigmentos artificiais de marfim, celofane, enchimento de borracha, linóleo, fibras e resinas, papel, tintas, pigmento para a coloração de papel colorido e é usado como pigmento verde em fogos de artifício. Todavia, o Sulfato de Bário é a principal forma de contraste artificial aos procedimentos de exames radiográficos do Sistema Digestório apresentando-se sob a forma de Sulfato de Bário Fino e Espesso.
CELOBAR® é o nome comercial do contraste a base de bário. É uma suspensão de sulfato de bário em água que pode ser administrada via oral e também retal, utilizado em exames de diagnóstico por imagem como: tomografia computadorizada, ressonância magnética nuclear e outros. É uma substância capaz de absorver os raios-x, de modo que órgãos internos preenchidos pelo contraste tornam-se brancos na radiografia, realçando a imagem da estrutura do órgão. Isto cria a necessária distinção entre o órgão examinado e os tecidos vizinhos. O contraste é eficaz para os diversos segmentos do tubo digestivo, que assegura detalhes mais nítidos da mucosa e informações mais acuradas sobre possíveis processos patológicos, assim, auxiliando o médico.
No decorrer do ano de 2003, um fato envolvendo a morte de pelo menos 23 pessoas (nas fontes pesquisadas não foi possível chegar ao valor exato das mortes) e a intoxicação de dezenas de outras em vários Estados brasileiros chamou a atenção da mídia e da opinião pública brasileira. Investigações realizadas na época pela Anvisa e pela Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro junto ao laboratório Enila