arquivo celobar

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Em meados de 2003, ocorreu a morte de mais de 20 pessoas após terem ingerido um produto que consistia, essencialmente, em uma suspensão de sulfato de bário em água (produto cebolar). Apesar dos íons de bário serem extremamente tóxicos ao organismo humano, a ingestão desta suspensão é inofensiva. Mas então por qual motivo a ingestão do produto cebolar, levou a morte destas pessoas? Resolvemos então, fazer uma rápida análise, principalmente do ponto de vista químico, sem querer julgar os envolvidos. Mesmo assim é possível levantar uma série de hipóteses que levam a importantes indagações sobre a qualidade do ensino de Química no nível médio e superior. A rotina dos que trabalhavam com o Cebolar, era a compra do sulfato de bário já pronto, apenas preparando a suspensão. Ao contrário da normalidade deles, o laboratório farmacêutico resolveu sintetizá-lo a partir de carbonato de bário. Quando pensamos no motivo pelo qual levou o laborário a tentar a fabricação do sulfato de bário, surgem duas suposicões: intenção de gastar menos com a matéria-prima de modo a aumentar os lucros, ou a falta da própria matéria-prima. Na imprensa foi noticiado que o laboratório teria tentado a síntese a fim de aumentar os lucros. O articulista calculou um lucro de R$ 0,50 por kg de sulfato de bário. Observamos que o jornalista não considerou a quantidade de matéria em mol (1 mol de BaCO3 não tem a mesma massa que 1 mol de BaSO4). A tentativa de síntese não foi feita com fins de economia, o sulfato de bário sintetizado acabaria custando muito mais caro que o importado. O cálculo do articulista, não faz parte do desastre, apenas foi citado para mostrar que o conceito de quantidade de matéria em mol não é algo que seja conhecido pelas pessoas, mesmo daquelas que estudaram Química no nível médio. Na hipótese de "falta de matéria-prima", considera-se a possibilidade de que estava havendo escassez da matéria-prima. O que, de fato, se constatou que no laboratório farmacêutico não teriam

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