Caso Baumgarten

Caso Baumgarten

Em outubro de 1982 foi encontrado o corpo de Alexandre von Baumgarten com marcas de tiro, na praia da Macumba no Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro, após ter ficado desaparecido por treze dias. Ele havia saído para pescar com sua mulher, Jeanette Yvone Hansem, e o barqueiro, Manoel Valente. Até hoje não se sabe ao certo o motivo do crime nem o paradeiro de Manoel e Jeanette. Para tentar entender melhor essa história precisamos analisar quem era Alexandre Baumgarten e quais são os possíveis motivos e pistas para esse assassinato tão misterioso.
Alexandre Baumgarten, jornalista e diretor da revista O Cruzeiro, tinha um acordo com o SNI (Serviço Nacional de Informações) onde recebia dinheiro em troca de ajudar a melhorar reputação do governo, cujo presidente era o João Figueiredo (último presidente do período da ditadura militar no Brasil).
O Cruzeiro foi a principal revista ilustrada brasileira no período entre 1828 a 1975. Em 1979, o jornalista Baumgarten, relançou o periódico, mas se envolveu em muitas dívidas e por isso buscou o apoio do SNI para tentar não entrar em falência. Ele se envolveu intimamente com a agência de informações e sabia de muitos acordos escusos, inclusive utilizados para conseguir patrocínio para a própria revista. Essa relação era perigosa e a ambição do jornalista teria cavado sua própria cova.
Baumgarten começou a chantagear o SNI para conseguir mais dinheiro, com isso ganhou a inimizade do general Newton Cruz, que era chefe da Agência Central. Dois anos antes de sua morte, Baumgarten formulou um dossiê, o chamado Yellow Cake, onde anunciava sua morte “A minha extinção física já foi decidida pelo Serviço Nacional de Informações. A minha única dúvida é se essa decisão foi tomada em nível do ministro-chefe do SNI, general Octavio de Aguiar Medeiros, ou se ficou a cargo do chefe da agência central do SNI, general Newton de Araújo Oliveira e Cruz.”
A repercussão do Caso Baumgarten foi muito alarmada pela imprensa da