caso Anna O
Fundamentação teórica: (fonte 36)
Estar inserido em um grupo traz uma sensação de “sentir-se bem juntos”, traz segurança, pois os sujeitos se sentem acolhidos como se fizessem parte de uma família. Os sujeitos na maioria das ocasiões estão tão imersos no grupo que acabam por substituírem a identidade do individuo por uma identidade de grupo. O grupo encontra sua identidade ao mesmo tempo em que os indivíduos nele se afirmam todos iguais. Nas reuniões dos alcóolicos anônimos, os indivíduos se sentem aceitos e queridos, percebendo que não estão sós, compartilham sentimentos com pessoas na mesma situação, (chamamos de identidade social), não tendo diferenças entre classes sócias, gênero, raça, simplesmente estão ali com o mesmo objetivo específico. O individuo se sente protegido pelo grupo.
Anzieu (1991), dirá que o grupo é como um envelope que agrega as imagens ilusórias que cada sujeito faz dos demais integrantes do grupo. Essas imagens ilusórias referem-se ao consciente articulando as representações com as quais os sujeitos vêem os demais participantes do grupo. Esse processo recebe o nome de fantasmatização, que seria a imagem consciente que cada sujeito faz dos outros integrantes do grupo, provenientes de fantasias, projeções e desejos das imagens do inconsciente.
Bion (1975) delimitava algumas divisões típicas para os grupos segundo sua lógica de funcionamento. Os grupos, em seu nível mais primário, se organizam segundo três tipos de suposições básicas (SB); nos