Case tylenol
Jornalista
No Brasil, atualmente, os empresários mais esclarecidos já estão dando do devido valor ao setor de Relações Públicas de suas empresa. Eles não desconhecem que, em situações críticas, quando tudo parece conspirar contra a imagem de suas companhias, é a turma de RP que é chamada para apagar o incêndio.
Países mais adiantados nesse setor, como os Estados Unidos, há muito entenderam esse conceito. E existem inúmeros exemplos que demonstram como é importante a atuação dos profissionais de RP, quando chamados a resolver situações aparentemente catastróficas.
Como no famoso "caso Tylenol", considerado um dos melhores exemplos nesse sentido. Através de uma acertada e rápida política de marketing, com ênfase em estratégias de RP, foi possível, naquela ocasião, superar uma situação calamitosa.
O CASO
Tudo teve início no dia 29 de setembro de 1982, agravando-se no dia seguinte, quando circularam por todos os Estados Unidos alarmante notícias de que três pessoas (esse número, mais tarde, subiria para sete), que moravam num subúrbio de Chicago, tinha morrido envenenadas com cianeto, após a ingestão de cápsulas do produto Tylenol Extra-Forte.
Na ocasião, esse medicamento, em forma de cápsulas e comprimidos, representava 35% do mercado norte-americano de analgésicos para adultos vendidos em balcão, com vendas anuais de US$ 450 milhões, contribuindo com mais de 15% dos lucros da empresa fabricante. Isto num mercado cujo total de vendas alcançava US$ 1,3 bilhões.
Quase imediatamente o produto Tylenol passou, de forma muito negativa, às principais manchetes dos jornais e dos noticiários de rádio e televisão.
Apanhada de surpresa, a direção da McNeil Consumer Products Company, subsidiária da Johnson & Johnson e fabricante do Tylenol, reuniu-se com os mais altos executivos desta empresa para tomarem as primeiras e urgentes providências.
As explicações iniciais, dadas à imprensa, foram de que o produto