Casas
Mais fragmentos, a seguir.
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A prova judiciária, sabe-se, tem um claro, claríssimo objetivo, qual seja “ a reconstrução dos fatos investigados no processo, buscando a maior coincidência possível com a realidade histórica, isto é, com a verdade dos fatos” (1)
Essa tarefa, de reconstruir a verdade dos fatos, não é fácil de ser cumprida, resultando, não raro, que, pese as várias provas produzidas, não se consegue a reconstrução histórica dos fatos, assomando dos autos, muitas vezes, apenas a verdade processual. O processo, não raro, produz apenas uma certeza do tipo jurídica, mas que pode, sim, não corresponder à verdade da realidade histórica.
É truísmo afirmar, mas devo fazê-lo, que “ para que o juiz declare a existência da responsabilidade criminal e imponha sanção penal a uma determinada pessoa, é necessário que adquira a certeza de que foi cometido um ilícito penal e que seja ela a autoria” (2)
O magistrado só estará convicto de que o fato ocorreu e de que seja determinada pessoa a autora do ilícito, , “ quando a idéia que forma em sua mente se ajusta perfeitamente com a realidade dos fatos “. (3) Se o Ministério Público denunciou uma determinada pessoa, acusando-a de ter infringido um comando normativo,