Casas antigas merecem respeito
Restaurações de casas antigas, para fins de comércio, converteram-se em tarefas, muito freqüentes, e desafiadoras, para arquitetos, decoradores, "designers", engenheiros e empreiteiras envolvidas com o chamado "retrofit". E os resultados finais, nos campos estético e promocional, são, quase sempre, de inegável e excelente qualidade.
A prática em patologias da construção civil urbana tem revelado, contudo, a insistente repetição de algumas intervenções que respondem por problemas capazes de comprometer a longa durabilidade das reformas e, até, a essencial salubridade dessas edificações.
Oportuno, portanto, chamar a atenção, do meio profissional, para algumas abordagens que se têm mostrado equivocadas e, muito frequentemente, nocivas:
1. Telhamentos
Configuração existente
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Estruturas de madeira (tesouras ou dispositivos afins);
Telhas de barro, dos tipos marselha ("francesa"), em goivas ("colonial"), etc.
Intervenções mais frequentes
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Redução de inclinação, nas "águas", com ou sem troca de telhas;
Pinturas (ou colagem de películas refletivas) sobre faces expostas das telhas.
Observações
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Redução de inclinação, nas "águas" o Cada tipo de telha impõe - e exige – um caimento mínimo; e as casas antigas costumam obedecer, de modo geral, tais inclinações.
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Qualquer redução, dos ângulos originais, poderá gerar infiltrações (fatais goteiras), principalmente sob fortes chuvas.
Pinturas (ou colagem de películas) sobre faces expostas das telhas. o Telhas de mescla (de barro, de cimento-amianto e afins), precisam manter constante regime de troca, de umidade, com o ar ambiente; isto ocorre tanto nas faces expostas a chuvas como nos áticos confinados (umidade relativa do ar), de modo a alternar ciclos, relativamente uniformes, de saturação e de secagem. o
Quando as telhas são "seladas", na face exposta superior, a troca de umidade passa a ocorrer, apenas, pelo ar contido