Casamento Ortodoxo
O Sacramento do Matrimônio
O Ministério Trinitário da unidade na diversidade aplica-se não só para a doutrina da Igreja mas também para doutrina do casamento. O homem é feito à imagem da Trindade e exceto em casos especiais, não é intenção de Deus que ele viva sozinho mas em família. E como Deus abençoou a primeira família comandando que Adão e Eva fossem frutíferos e se multiplicassem, assim a Igreja dá hoje a sua benção para a união de homem e mulher. O casamento não é só um estado da natureza mas um estado de graça. Vida de casado, não menos que vida Monástica, é uma vocação especial, requerendo um particular Dom ou Carisma do Espírito Santo; e esse Dom é conferido pelo Sacramento do Santo Matrimônio.
O Ofício de Casamento é dividido em duas partes, anteriormente celebradas separadamente, mas agora celebradas em sucessão imediata: preliminarmente o Ofício de Noivado, e o Ofício de Coroação, que se constitui no próprio Sacramento. No Ofício de Noivado constitui-se principalmente da benção e troca das alianças; esse é um sinal exterior de que os parceiros juntam-se em casamento por suas próprias vontades livres e consentimento, pois sem livre consentimento dos dois lados não pode existir o Sacramento de Casamento Ortodoxo. A segunda parte do Ofício culmina com a Cerimônia de Coroação: Nas cabeças do Noivo e da noiva o padre coloca Coroas, feitas entre os Gregos de folhas e flores, mas entre os Russos de prata ou ouro. Esse, o sinal externo e visível do sacramento, significa a graça especial que o casal recebe do Espírito Santo, antes que eles se coloquem para fundar uma nova família, uma Igreja doméstica. As coroas são coroas de alegria, mas elas também são coroas de martírio, porque todo casamento verdadeiro envolve um incomensurável auto-sacrifício dos dois lados. No fim do Ofício os dois recém casados bebem da mesma taça de vinho, que relembra o milagre na festa de casamento de Canaã na Galiléa: Essa taça comum é um