Casa grande e senzala

Novos Caminhos

O debate entre o setor público e o setor privado passa aos poucos para o segundo plano da atualidade. Por razões eleitorais (há um quase equilíbrio de forças no país, do ponto de vista eleitoral) e também porque acabou por se encontrar dividido sobre a questão, o governo socialista decidiram adotar outras soluções acordos bilaterais passados com cada um dos diferentes grupos que conduzirão, sem dúvida, na maior parte dos casos pelo menos, a uma associação entre o setor público e o setor particular, ficando as escolas particulares vinculadas ao Ministério. Por outro lado, os imperativos da sociedade moderna, em plena transformação, sociedade na qual hoje, se redefine a noção de produção assim como são diferentemente apreciadas questões, termos e instituições tão importantes quanto sindicalismo e proletariado, aparecem como sendo prioritários.
Em conseqüência disso, fala-se hoje de modernização e de necessidade de promover à alta tecnologia e os novos modos de produção, de se incentivar a automatização, a robotização, a informatização... No início de 1985-96 as escolas francesas receberam 120.000 novos computadores e, em todos os setores, introduz-se o "necessário" aprendizado das "linguagens", isto é, todos os diferentes sinais, códigos e sistemas utilizados na sociedade moderna e que, sobretudo, serão ainda aperfeiçoados dentro de uma espécie de "lógica permanente do futuro realizável". O espírito atual na sociedade como na escola, é então o de busca, busca de uma adequação entre os objetivos da vida em sociedade, os ideais dos seus cidadãos, a necessidade de se formar HOJE o homem de AMANHÃ (porque é este exatamente o objetivo permanente do ensino básico!) e os imensos recursos materiais e técnicos de que a sociedade se dotou. Assim, toda a escola se transforma. No entanto, e dentro de uma aparente contradição, valorizam os "acquis", isto é quanto a sociedade já adquiriu no seu passado e cujo interesse histórico, cultural e de formação