Carvão Vegetal
O carvão vegetal é produzido a partir da lenha pelo processo de carbonização ou pirólise. Ao contrário do que aconteceu nos países industrializados, no Brasil, o uso industrial do carvão vegetal continua sendo largamente praticado. O Brasil é o maior produtor mundial desse insumo energético. No setor industrial (quase 85% do consumo), o ferro-gusa, aço e ferro-ligas são os principais consumidores do carvão de lenha, que funciona como redutor (coque vegetal) e energético ao mesmo tempo. O setor residencial consome cerca de 9% seguido pelo setor comercial com 1,5%, representado por pizarias, padarias e churrascarias. O poder calorífico inferior médio do carvão é de 7.365 kcal/kg (30,8 MJ/kg). O teor de material volátil varia de 20 a 35%, carbono fixo varia de 65 a 80% e as cinzas (material inorgânico) de 1 a 3%.
- Carvão Vegetal nas indústrias
A produção de carvão vegetal, no Brasil, é destinada ao atendimento da demanda de diversos segmentos da indústria (siderurgia, metalurgia, cimento, etc.).
Na siderurgia a carvão vegetal, estão concentradas pelo menos 1/4 de toda nossa produção de ferro-gusa e 1/2 de toda nossa produção de ferro-liga. Nesse parque, estão lotadas um pouco mais de uma centena de empresas, todas praticamente pertencentes à iniciativa privada. Computando-se desde a atividade da produção florestal, passando pela atividade de produção de carvão vegetal e de produção siderúrgica, o setor gerou, no ano de 1988, mais de 250 mil empregos, proporcionou uma geração de impostos de quase 400 milhões de dólares e um faturamento de cerca de 3,4 bilhões de dólares no mercado interno e de quase 1,0 bilhão de dólares com exportações.
Nesse ponto, é importante mencionar que, ao contrário do que ocorre na siderurgia a carvão vegetal, a siderurgia nacional baseada no coque de carvão mineral possui uma alta dependência externa. Em torno de 80% do carvão usado em nossa siderurgia a coque são importados, o que tem representado saídas