CARVALHO, José Murilo de. Cap. 4 – “Cidadãos ativos: a revolta da vacina”. In: Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. 3. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1987

1411 palavras 6 páginas
Resenha: CARVALHO, José Murilo de. Cap. 4 – “Cidadãos ativos: a revolta da vacina”. In: Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. 3. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
Luciana Souza Mendes da Rocha

O livro é apresentado pelo autor com uma clareza de escrita tornando-o de fácil entendimento. A proposta do autor é contextualizar o leitor com os acontecimentos que anteriores a Revolta da Vacina, embora ele mencione, em vários trechos, que as fontes pesquisadas exigem cuidados especiais, sendo eles os jornais e revistas da época, depoimentos de testemunha ocular e breve relatórios policiais e dos poucos processos criminais.
José Murilo de Carvalho também descreve comparativos da Revoltas populares no Brasil e as Revoltas ocorridas na França, como forma de esclarecer ao leitor as diferenças com relação principalmente à violência.
É perceptível que o objetivo principal do mesmo é mostrar a participação popular e as formas como se deu no período e para isso achou fundamental mostrar o cotidiano na riqueza de detalhes, que realmente te remete ao cenário. Descreve o clima na cidade do Rio de Janeiro antes da Revolta da Vacina que era de insatisfação, principalmente no setor econômico. Rodrigues Alves assume um governo, no qual seu antecessor, Campos Sales, saia sob imensa vaia, pois tinha sido de recessão econômica produzida por uma politica de combate à inflação, sendo assim Rodrigues Alves enveredou por programa intensivo de obras públicas, financiado por recursos externos, que conseguiu dar inicio à recuperação econômica. De imediato promoveu as obras de Saneamento e de reforma urbana da cidade e assim, descreve que o mesmo, “conseguiu poderes quase ditatoriais” para o engenheiro Pereira Passos, nomeado prefeito e para o medico Oswaldo Cruz, nomeado diretor do Serviço de Saúde Pública, com isso a estrutura da cidade passa por transformações, o “bota-abaixo” como José Murilo Carvalho conta em sua comparação que Haussmann fez em

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