Cartografia e meio ambiente
Ricardo Letenski
Vivemos num momento de grandes contradições, se por um lado necessitamos do desenvolvimento socioeconômico, no qual se subentende a utilização dos recursos naturais para atender uma população em constante crescimento; por outro lado, esses recursos não são inesgotáveis, onde a falta de planejamento e o seu uso irracional têm levado a sérias questões ambientais.
De acordo com (Freitas, 2005) dada a sua complexidade a análise da problemática ambiental, envolve a combinação de inúmeras variáveis humanas e naturais, o que pressupõem um estudo interdisciplinar.
A Cartografia tem como objetivo a representação espacial do mundo em que vivemos da maneira mais fiel possível, em uma linguagem própria, normalmente, traduzida em mapas e outras formas de representação (cartogramas, maquetes, globos, etc). Sendo assim, o estudo do meio ambiente, deve passar pela utilização da ciência cartográfica, o que permite a espacialização dos diversos fenômenos como: queimadas, desmatamentos, poluição, vulnerabilidade, potencialidades, entre outros.
Conforme (Silva, 2010) a utilização de mapas precisos e atualizados é imprescindível para a preservação do meio ambiente, que de outra maneira torna-se uma tarefa impossível, pois não se pode localizar, visualizar e monitorar os fenômenos, demarcar e mensurar áreas ou planejar ações.
Atualmente a cartografia, está intimamente relacionada a modernas técnicas computacionais, que utilizam poderosos softwares, imagens de satélites e sistemas de posicionamento via satélite (GNSS), denominadas de Sistemas de Informação Geográfica
(SIG). Capazes de coletar, armazenar, recuperar, analisar e apresentar informações, que além de facilitar e automatizar a cartografia possibilita por meio do cruzamento das informações, sejam espaciais ou semânticas, diversas análises que auxiliam a tomada de decisão e podem até realizar simulações.
Não pode haver mentalidade ecológica sem