Cartel "Sete Irmas
O termo foi cunhado por Enrico Mattei, quando este era diretor da petrolífera italiana Agip-ENI. Mattei acusava o oligopólio formado pelas "sete irmãs" de criar um cartel para dominar o mercado petrolífero internacional. Mattei defendia o direito dos países petrolíferos da OPEP e outros possuidores de reservas petrolíferas de receberem 75% dos lucros do petróleo.
Parte das empresas que compunham o cartel das sete irmãs foi formada pelas empresas americanas resultantes da fragmentação do monopólio da Standard Oil Company, provocada pela lei anti-truste de Sherman, nos Estados Unidos.
As quatro empresas americanas (Esso, Texaco, Socony e Socal) resultantes do fim da Standard Oil, juntaram-se a Shell e a Amoco (atual BP) para controlarem o mercado petrolífero e impor baixos preços aos países produtores enquanto garantiam altas taxas de lucro. Até os dias de hoje estas empresas controlam setores importantes do refino e distribuição de produtos derivados de petróleo, apesar de terem perdido o controle sobre a maior parte das reservas petrolíferas mundiais que foram nacionalizadas pelos países petrolíferos (OPEP, México, Rússia).
O grupo das Sete irmãs fazia o possível para impedir que outras empresas entrassem no mercado petrolífero, dificultando o acesso de novas companhias às maiores reservas mundiais, como as do Oriente Médio. A reclamação de Enrico Mattei em relação a estas companhias deu-se muito diante do fato de que estas dividiam as reservas do Oriente Médio e impediam simultaneamente que novas companhias tivessem acesso a essas reservas, como impediam que os governos dos países da região as controlassem diretamente.
Foi somente quando os países produtores de petróleo começaram a tomar o controle sobre a produção e determinar os preços, a partir da formação da OPEP, em 1960, que o