Cartas Chilenas
“Em que se trata da venda dos Despachos e Contratos”
Nas cartas chilenas sua crítica dirige-se à violação da justiça constituída, ao abuso de poder, à corrupção, aos desmandos apoiados na militarização do governo. Nela Chile seria Minas Gerais, Santiago, Vila Rica. Narrando em cada carta os desmandos, os atos grosseiros e a cobrança dos impostos do governo chileno, na verdade Vila Rica.
A sétima carta já começa com uma crítica em que os grandes têm muitas herdades, as quais só servem para recreio, só servem para passar uns dias descansando e outras para produção de alimentos. Grandes propriedades apenas para satisfazer desejos pessoais.
Logo após denúncia, das lindas fazendas as quais descreviam, não eram fazendas de colheitas, eram apenas no nome. Na verdade eram negócios, contratos dos grandes chefes, no entanto em vez de ajudar a população, porém pensavam somente em si. Compravam e vendiam grandes propriedades, que não serviam ao estado, mas sim, “aos poderosos daquela região”.
Enquanto a cada triênio, eles acumulavam e compravam ainda mais quintas, o pobre lavrador com muita dificuldade levantava a paus robustos sua humilde casa em volta de um terreiro de senzalas, terreiro onde existia a dor, onde ali apanhavam e eram humilhados. Uma terra que não produzia todas aquelas riquezas das “grandes fazendas”, era totalmente o inverso dos generais, os quais sempre emboçavam seus ouros.
Oitava Carta Chilena
“Há tempo, Doroteu, que não prossigo
De nosso Fanfarrão a longa história”.
A oitava carta é consequentemente a continuação da série de acontecimentos abordados na sétima carta, nos é apresentada uma série de inflações e desvios fora do contexto político da época. O personagem de Menezes é o responsável pelo benefício próprio no sistema de contratos, pagamentos de impostos que deveriam ser repassados para a Coroa. Fato no qual nos apresenta a postura corrupta de parte dos governantes. Neste contexto