Cartas Chilenas
Retornou ao Brasil e tornou-se ouvidor e juiz. Então, mudou-se para Vila Rica em 1782, onde se apaixonou por Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, musa inspiradora dos seus poemas líricos, que tornaram sua obra mais reconhecida: “Marília de Dirceu”. Porém, prestes a se casar com Maria Dorotéia, foi denunciado de participar da Conjuração Mineira, preso e exilado para Moçambique, onde se casou com Juliana de Sousa Mascarenhas, filha de traficante de escravos e herdeira de sua fortuna. Antônio Gonzaga morreu em 1810, aos 66 anos, era juiz de alfândega.
Cartas chilenas
As Cartas chilenas são um poema satírico composto em versos decassílabos brancos agrupados em cartas que Critilo, escrevendo de Santiago do Chile, remete a Doroteu, na Espanha, criticando o governo de Fanfarrão Minésio.
Não há dúvidas de as cartas faz uma referência ao governo de D. Luís da Cunha Meneses, governador da capitania de Minas Gerais de 1783 a 1788. Nas cartas pode-se encontrar várias analogias com o ocorrido na época, por exemplo: a construção da Casa de Câmara de Cadeia de Vila Rica, hoje Museu da Inconfidência de Ouro Preto (Minas Gerais; o casamento do príncipe D. João (futuro rei D. João VI) com a princesa Carlota Joaquina; os abusos de Cunha Meneses na criação de regimentos auxiliares e etc. Tudo metaforicamente para que não lhe viesse problemas, pois Tomás Antônio Gonzaga, o Critilo, era membro do governo.
Referência: GONZAGA, Tomáz-Antônio. Cartas chilenas: 3ª reimpressão. Companhia de Bolso. 2006.