Carta a um espírita
Saudações!
Chamo-me Gustavo e sou o autor do blog Exsurge recém-visitado por você.
Em primeiro lugar, agradeço a sua visita ao blog. Por falta de tempo da minha parte, ele está inativo – isto é, eu não mais o atualizo – há alguns anos, mas continua recebendo visitas de pessoas que buscam na internet temas que, em algum momento, eu discuti lá. Imagino que tenha sido em uma destas buscas que você o encontrou. Seja como for, reitero-lhe meu agradecimento e considero providencial o fato de termos cruzado os nossos caminhos na rede.
Posso falar com muita tranquilidade a respeito da temática espírita, uma vez que o convívio com o espiritismo sempre foi algo muito próximo a mim: na família de meu pai praticamente todos são espíritas kardecistas. Eu, quando criança, costumava frequentar as reuniões com minha mãe. Hoje, mesmo católico, tenho amigos espíritas (além de continuar morando com meus pais, que ainda seguem este caminho). Recentemente, cheguei a participar de uma reunião ao lado da Presidente da Federação Espírita de Pernambuco. Estávamos arquitetando juntos um plano de divulgação do Filme Blood Money (uma película de cunho pró-vida que denuncia a indústria do aborto nos Estados Unidos). Portanto, repito, sinto-me muito à vontade para discutir com quem quer que seja a respeito da doutrina espírita. Não posso, e não quero, comungar dos seus ideais e da sua visão de mundo, mas sou capaz de dialogar e mesmo de unir forças em causas nas quais haja consenso entre nós. Parto da ideia que empatia (isto é: disposição para a construção de um relacionamento) nunca fez mal a ninguém.
Quero deixar claro, desde já, que o intuito desta minha missiva a você é unicamente apresentar a contra-argumentação católica a alguém em quem eu vislumbrei honestidade intelectual suficiente para o debate. Não é bom debater com desonestos: eles não ouvem, não admitem quando estão errados, ridicularizam ou ironizam o discurso alheio, enfim. Acho péssimo. Serei firme nos