Carta Argumentativa

Florianópolis, 15 de setembro de 2014

Caro Sr. Antonio O. da Silva,

Como podemos perceber em seu texto “O direito ao voto nulo”, a mídia, o governo, os partidos e candidatos às eleições não desejam que a população vote nulo. Analisamos isso em campanhas, propagandas e até mesmo na urna eletrônica. Onde aparece a opção votar em branco, mas não a opção de voto nulo. Não fazem propaganda para tal ato também.
Apesar disso, o voto nulo não tem tanta diferença na prática. Pois na teoria, diz-se que se o número de votos nulos for maior que os votos válidos, é necessário uma nova eleição, com novos candidatos. Porém, na prática, esses votos nulos são desconsiderados. Servem apenas de estatísticas para mostrar a insatisfação dos eleitores perante os candidatos.
Ou então, julgam os que anulam seu voto como “analfabetos políticos”, pois estão jogando fora seu voto e sua chance de melhorar a situação, deixando de lado a oportunidade de escolher um bom governante. De certa forma é verdade, está deixando de eleger alguém, mas precisaria de muita pesquisa e confiança sobre seu candidato para não acabar elegendo algum corrupto.
Julgam desse jeito, mas não investem em ensinar política desde cedo. Vejamos, a partir dos 16, pode-se escolher se deseja votar ou não. Ao completar 18 anos o voto torna-se obrigatório. Mas adolescente têm total conhecimento sobre política, sobre como funciona a eleição no país? E não somente os adolescentes. Existem muitos adultos que também não entendem de política e nem sabem como algum candidato é eleito. Pois não é tão simples quanto parece. Só o candidato ter o maior número de votos e pronto, está eleito. Não. Falta conhecimento, porém, acima disso, falta ensinamento. E com essa falta, julgam as pessoas de “analfabetos políticos”.
Penso que, o TSE (TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL) poderia arranjar um jeito de ensinar a todos como funciona nosso sistema de eleição. Para que todos consigam entender com clareza e saibam o que fazer quando