Carta Aberta
A maneira que se trata o professor neste país deve ser estudada e analisada por todos nós integrantes da sociedade seja na função de representantes públicos ou na convivência do dia a dia. Não é possível continuarmos deixando em segundo plano aquilo que é fundamental para o desenvolvimento de um país, a educação. A mídia noticia diariamente melhorias na valorização dos profissionais da educação no Brasil, no entanto, muito se enganam aqueles que comemoram estes avanços. Estamos distantes de sermos referência em educação. A sociedade precisa observar alguns fatores importantes na valorização dos educadores. Um profissional valorizado se observa inicialmente no seu Plano de Carreira e Salários, seguido de outros fatores, no campo educacional deve levar em conta condições de trabalho, com ambientes físicos propícios, uso das novas tecnologias para dinamizar as aulas, e formação continuada. A Constituição Federal de 1988 permite a acumulação de dois cargos de professores, e é dessa forma que a maioria destes trabalhadores consegue aumentar sua renda, trabalhando os três turnos do dia, pois além das aulas, existem as atividades extraclasses, como elaboração e correção de trabalhos e provas, desenvolvimento de plano de aulas, planejamentos, reuniões, etc. Com uma carga horária de doze horas por dia, esses profissionais tem facilidade de adquirir doenças como estresse e problemas na voz como pólipos e nódulos. Além disso, a produção em sua grande parte se torna desfavorável, devido ao cansaço físico e mental. O professor também fica sujeito à violência verbal e moral, é corriqueira a falta de respeito dos educandos aos mestres em sala de aula, algo que frustra aquele que está ali na função de formar um ser para conviver harmoniosamente em sociedade. Ao invés da possibilidade de acumular cargos, o ideal seria a valorização do