CARTA ABERTA AOS LIBERTADORES DA P TRIA II
CARTA ABERTA AOS LIBERTADORES DA PÁTRIA-II
Respondam-me a estas inquietações, sem rodeios
Quando alguém assume um compromisso, sobretudo de natureza social, deve rigorosamente cumprí-lo sob pena de defraudar os anseios de quem dele espera lealdade. Um compromisso é um pacto social, com o grupo social que se pretende servir.
Quando comecei a escrever estas linhas mostrando as minhas inquietações, eu tinha a plena consciência de que a capacidade de análise não é propriedade somente minha, mas sim um direito inalienável de pensar de todos e liberdade constitucional de cada um colocar publicamente as suas ideias.
Os meus parabéns a todos aqueles que não comungam comigo o mesmo pensamento, mas aceitam debater ideias e não têm o preconceito de que são ideias de colonialismo em todas as suas dimensões e premissas, nacionalismo, patriotismo, regionalismo, capitalismo, imperialismo, corrupção, esclavagismo e racismo, entre outros, ismos que foram combatidos com vista a trazer a construção de uma sociedade equilibrada diferente da que hoje observo: - Um fosso abismal entre novos ricos e os mesmos pobres de ontem.
E a pergunta que paira em mim é: foi este o sentido de orientação da luta de libertação? Se temos companheiros que tombaram porque tinham ideias de enriquecimento ilícito donde vem esta ideia e, porque é que hoje independentes não nos esforçamos no sentido de se enriquecer honestamente e não a custa do erário público e com comissões de delapidação dos recursos públicos que são de todos?
Setembro passado, iniciei a mostra das minhas inquietações que, afinal são de uma maioria significativa dos cidadãos que, diariamente nas barracas, nos “chapas”, nos mercados em convívios, nos falecimentos não falam de mais nada senão indignarem-se com a pergunta ( kasi a huma kwini ye lwe wa nuna a hi disaka a khay khay, a djula yini lepswi a ganyiki), afinal quem é este homem que nos faz comer o pão que o diabo amassou, o que pretende se já está rico?
Senhoras