Viagens da minha terra de Almeida Garrett
Narador (gênero de viagens, romance sentimental) personagens, espaço, tempo, linguagem (clássica e moderna), inovação romatica (obra dicotômica- influencia de Xavier de maistre), caracterísiticas históricas (influencia na obra) crítica social (nacionalismo)
Narrador: O foco narrativo organiza-se através de um narrador (narrador-protagonista) que conta a história em terceira pessoa. Ou seja, a história é contada por um dos personagens principais (nesse caso, o autor-narrador que viaja pelo país). A história tem um ponto de vista fixo, centrado nessa personagem. Além disso, esse narrador-protagonista está quase inteiramente confinado a seus pensamentos, sentimentos e percepções. O que sabemos das outras personagens (incluindo seus pensamentos e sentimentos), ou nos é passado através delas mesmas, ou através de outras personagens que contam ao narrador (em Viagens na minha terra, temos Frei Dinis contando o drama de Carlos e Joaninha, por exemplo).
Personagens: As personagens de "Viagens na Minha Terra" funcionam como uma visão simbólica de Portugal, buscando-se através disso as causas da decadência do império português. O final do drama, que culmina na morte de Joaninha e na fuga de Carlos para tornar-se barão, representa a própria crise de valores em que o apego à materialidade e ao imediatismo acaba por fechar um ciclo de mutações de caráter duvidoso e instável.
Temos, então, as seguintes personagens e suas possíveis interpretações simbólicas dentro da obra:
Carlos: é um homem instável que não consegue se decidir sobre suas relações amorosas, podendo ser ligado às características biográficas do próprio Almeida Garrett. Juntamente com Frei Dinis revelam-se as metáforas que evidenciam os polos antagônicos da narrativa. Neles está representada a marcha do progresso social da nação portuguesa, do Materialismo Absolutista ao Espiritualismo (ideal liberalista burguês). Carlos, em sua primeira fase, quando ainda morava