carros de fibra
Um automóvel todo feito de aço, sólido e robusto, já não é mais grande negócio. O motivo está numa conta fácil: quanto mais pesado, mais energia é necessária para mover o veículo, seja essa energia renovável ou de origem fóssil. Mais leves, materiais como alumínio, fibra de carbono e plástico são os candidatos naturais à sucessão.
Nos países mais desenvolvidos, a taxa de utilização do alumínio em substituição ao aço deve atingir 10% nos próximos anos. A fibra de carbono é ainda mais leve e resistente, mas sofre do mesmo problema do alumínio, numa escala maior: os custos, tanto na produção quanto no manuseio. Por enquanto, eles são encontrados apenas em automóveis de luxo, como o Mercedes SLR McLaren e o Jaguar XJ. O chassi desse último, por sinal, é feito com alumínio de origem reciclada.
As portas e o capô do futuro Volt também terão um bom percentual de plásticos reciclado. Os carros atuais já carregam entre 80 kg e 120 kg de plástico nos para-choques, no interior e até na carroceria, substituíndo pedaços da lataria. O plástico chega a ser 25% mais leve nas mesmas aplicações, permite formas ousadas e pode ter altos índices de absorção de impactos, conforme a composição.
Na Europa, a Rinspeed fez o eXasis utilizando Makrolon, uma resina plástica translúcida aparentemente igual ao vidro, só que mais resistente e maleável. O protótipo possui dois lugares em tandem, e seus 150 cavalos precisam de esforço mínimo para empurrar o peso de 750 kg. Contra os polímeros, jogam a sua origem fóssil (o plástico vem do petróleo), mas isso pode ser parcialmente compensado pela reciclagem e o incentivo à utilização de fibras e resinas naturais.