Carlos Drummond de Andrade
Drummond estudou em Belo Horizonte e depois foi ao Rio de Janeiro, estudar no Colégio Anchieta de Nova Friburgo, de onde foi expulso. Depois, voltou a Belo Horizonte, começou a carreira de escritor no Diário de Minas. Por insistência familiar, graduou-se em farmácia em Ouro Preto em 1925. Após alguns anos, mudou-se para o Rio de Janeiro e lá trabalhou como funcionário público em diferentes cargos.
Embora tenha contribuído com o Modernismo mineiro, muitos não o classificam como moderno. ComoMachado de Assis ou Fernando Pessoa, Drummond foi um autor livre de referências, marcas ideológicas ou prospectivas. No entanto, não se pode negar que o poeta herda traços estilísticos do Modernismo, como o verso e a metrificação livre, temáticas cotidianas e concretismo.
Uma classificação famosa da poesia de Drummond é a do também escritor Affonso Romano de Sant’ana. Baseado na dialética “eu (Drummond) x mundo”, Sant’ana desdobra o poeta em três atitudes:
Eu maior que o mundo – poesia irônica
Eu menor que o mundo – poesia social
Eu igual ao mundo – poesia metafísica
Isso mostra como Drummond, ao longo de sua vida, passou por diferentes fases na poesia. “Alguma Poesia”, sua primeira obra, foi escrita sob o ímpeto do Modernismo, com poemas-piadas, estética coloquial, poesia do cotidiano, negando as tendências parnasianas. Daí, tem-se a poesia irônica.
A poesia social foi marcada principalmente pela obra "A Rosa do Povo". O livro traz como tema a política, guerra e sofrimento do homem. Com dimensões metafóricas, os poemas mostram a visão ideologia marxista do escritor.
Depois, desiludido com a política, se entregou ao esoterismo e suas obras passaram a ser mais metafísicas. No fim