Carencia na logistica
2011-02-24 21:44 À frente de questões como acesso a recursos para investimento, condições das estradas e falta de veículos e equipamentos, a carência de profissionais preparados para atuar em transportes e logística já é apontada como o maior limitador de crescimento por 42,7% dos empresários do setor, de acordo com pesquisa recente da Associação Nacional do Transporte de Carga & Logística (NTC&Logística).
A preocupação não se restringe à área operacional (transporte em si, responsável por quase R$ 210 bilhões, ou 7% do PIB do setor), mas também à administrativa e gerencial. Segundo a NTC&Logística, o mercado vem exigindo o uso de técnicas e de ferramentas gerenciais cada vez mais sofisticadas.
"Esse tema não é apenas uma preocupação. Já é um fato real", diz Neuto Gonçalves Dias, coordenador técnico da entidade, ao se referir às duas vertentes do problema (operacional e logística). Ele conta que, nos últimos meses, um bom número de empresas comprou novos caminhões, mas não consegue encontrar quem os conduza. Resultado: parte da frota está parada e já há perda de carga.
O coordenador da NTC&Logística avalia que um dos motivos que têm afugentado motoristas carreteiros das empresas transportadoras e, em muitos casos, gerado desistência da profissão é o baixo salário. Soma-se a isso a carga excessiva de trabalho.
Com quase 2,5 milhões de caminhões em circulação no Brasil, calcula-se que haja um déficit de pelo menos 120 mil motoristas.
A Ramos Transporte atribui esse problema a outros fatores também, como falta de interesse do próprio motorista em se qualificar, a não valorização da profissão e a insuficiência de escolas de formação de motoristas.
"Estamos oferecendo cursos de qualificação, plano de saúde extensivo aos dependentes, apoio psicológico e social, além de programas de qualidade de vida, entre outras vantagens", explica Sabrina Azevedo Gomes Figueredo, consultora de Recursos Humanos da Ramos