Cardiopatias na gestação

14794 palavras 60 páginas
1 INTRODUÇÃO
A gravidez é um processo biológico que tem repercussões sociais, econômicas, emocionais, psicológicas e sexuais para a mulher. Gerar um filho é uma das tentativas humanas de superar uma existência efêmera, podendo também significar a busca da imortalização; sendo assim, ter um filho pode ser visto como a mais clara recusa da morte. (ORIÁ; ALVES & SILVA, 2004 p.230).
A definição de gestação de alto-risco que exprime o conceito epidemiológico é de Luz “gestação de maior risco fetal é aquela em que o feto, por atributos maternos, de gestação ou de parto, apresenta chance aumentada de dano (morte ante/pós-parto ou seqüela) em relação a outro feto gerado em condições sem os referidos atributos” (BARROSO, 2006 p.128).
TEDESC (2011, p.313) diz que a mulher identificada como grávida de alto risco apresenta dificuldades para as adaptações emocionais exigidas pelo novo papel, acrescendo-se várias outras emoções. Em decorrência do fator de risco, surge o medo real em relação a si própria e ao seu filho, ao que está ocorrendo com seu corpo, ou ao temor de que seu filho nasça com anormalidades. Soma-se a todos esses fatores a perda de controle em relação à gravidez e a si mesma.
A associação de gravidez e cardiopatia é uma situação que, embora pouco frequente, reverte-se de importância por ainda hoje apresentar altas taxas de morbidade e mortalidade. (VIGGIANO, 2004 p.201).
Em gestantes portadoras de afecções cardíacas graves o risco de morte pode está triplicado em relação ao observado em mulheres da mesma idade, não grávidas. (SZKELY;SNAITH, 2007 p.97).
As alterações hemodinâmicas que ocorrem na gravidez são dramáticas e responsáveis pelo mau desempenho materno – aumento do volume sanguíneo e do débito cardíaco, queda da resistência vascular periférica e estado de hiper coagulação. (MONTENEGRO;FLHO,2008 p.614)
É clássica na literatura descrição da tríade infecção, hemorragia e hipertensão arterial como as principais causas de morte materna. As doenças

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