carbono 14
Após ser formado, o carbono 14 é assimilado por animais e vegetais através do CO2 presente na atmosfera. Ele sofre oxidação, forma o 14CO2 e passa a fazer parte do ciclo do carbono, participando da fotossíntese e sendo absorvido por grande parte dos seres vivos ao longo da cadeia alimentar. A quantidade de carbono 14 encontrado em cada organismo permanece constante durante toda a sua vida, porém, após a morte, a absorção do isótopo deixa de ocorrer e essa quantidade é, assim, reduzida de forma gradativa até se tornar praticamente nula.
Símbolo do Carbono 14Essa redução progressiva do carbono 14 em seres vivos é usada como um tipo de “relógio radioativo”, pois, é possível medir o tempo em função da taxa de decaimento desse isótopo. Dessa forma, sabendo a quantidade desse elemento existente no corpo de um animal ao morrer, temos como calcular quanto tempo se passou após a sua morte. Logo, quanto menor for a quantidade de carbono 14 restante no fóssil, mais tempo terá transcorrido desde sua morte.
No entanto, para compreendermos melhor como a datação por carbono 14, é preciso esclarecer o conceito de meia vida. A meia vida de um isótopo radioativo corresponde ao tempo necessário para que metade dos átomos presentes na amostra sofra decaimento. O carbono 14 tem meia vida de 5.730 anos, o que significa que a cada 5.730 anos, metade dos seus átomos existentes numa amostra decai para 14N, de acordo com a equação de desintegração:
Meia vida do Carbono 14
Se analisarmos, por exemplo, uma amostra que possui 5.000 átomos de carbono 14, após 5.730 anos teremos 2.500 átomos de carbono 14 e 2.500 de 14N, depois de mais 5.730 anos, teremos 1.250 átomos de carbono 14 e 3.750 de 14N, e assim sucessivamente.
A datação por carbono 14 se aplica a tudo o que é proveniente de matéria viva: fósseis, madeira, sedimentos orgânicos, entre muito outros. Uma vez que a meia vida do carbono 14 é relativamente curta, só é possível