Caraíbas
Os caribes, caraíbas ou karibs (do tupi Kara' ib; sábio, inteligente) são povos indígenas das Pequenas Antilhas, que deram o nome ao mar do Caribe. Sua origem estaria no sul das Índias Ocidentais e na costa norte da América do Sul.
Embora os homens falassem os idiomas caribes, seus ataques a tribos vizinhas resultaram em tantas cativas aruaques que não era incomum que as mulheres falassem o Kalhíphona, um idioma maipureano (do grupo das línguas aruaques). No sul do Caribe, coexistiram com um grupo que também falava um idioma caribe e com quem tinham parentesco, os galibis, que viviam em aldeias distintas em Granada e Tobago, e que se acredita que tenham sido os caribes do continente.
Acredita-se que os caraíbas tenham deixado as florestas tropicais do Orinoco, na Venezuela, para se estabelecer no Caribe. Nos séculos que antecederam a chegada de Cristóvão Colombo no arquipélago caribenho, em 1493, os caribes podem ter expulsado os igneris, povo de fala maipureana, da região norte das Pequenas Antilhas.
Os ilhéus também saqueavam e comerciavam com os tainos das Ilhas Virgens e de Porto Rico. Os caribes eram a fonte do ouro que Colombo encontrou em posso dos tainos; o ouro não era fundido pelos ameríndios das ilhas, mas sim obtido, através do comércio, de tribos do continente. Os caribes eram hábeis navegadores e construtores de embarcações, e aparentemente deviam sua hegemonia da bacia caribenha ao domínio das artes da guerra.
Os próprios caribes foram desalojados pelos europeus, e eventualmente foram todos exterminados ou assimilados durante o período colonial pelos espanhóis. Conseguiram, no entanto, manter o controle de algumas ilhas, como Dominica, São Vicente, Santa Lúcia e Trinidad.
Os caribes negros, ou garifunas, de São Vicente, herdaram suas características étnicas de um grupo de escravos negros que formaram quilombos depois de um naufrágio em 1675, possivelmente após terem dominado a tripulação do navio. Em 1795 foram deportados para a ilha