Caras pintadas

Os Caras-Pintadas
Em agosto de 1992 jovens e estudantes saíram as ruas em protesto a favor do empeachment do então presidente Fernando Collor de Mello acusado de vários crimes. As denúncias se intensificaram e 18 entidades no Brasil como OAB e CNB se uniram em um movimento pela ética na política do Brasil e no dia 29 de maio o movimento e mais algumas entidades como a UNE formaram um fórum pelo afastamento de Collor.
Após grande pressão da sociedade instalou-se uma CPI em primeiro de junho de 1992. Com a mídia dando grande cobertura e varias declarações como a do ex presidente do PT Luís Inácio Lula da Silva a favor do afastamento, os jovens de classe média começaram a se mobilizar.
A primeira manifestação de jovens em agosto reuniu 10 mil pessoas sendo totalmente apartidários. No dia 14 Collor convocou as pessoas a saírem nas ruas vestidas com as cores da bandeira, mas a população foi as ruas vestindo negro e pintando o rosto da mesma cor. Esse dia ficou conhecido como Domingo Negro.
Em 25 de agosto 400 mil estudantes com os rostos pintados voltaram as ruas em São Paulo. “As passeatas começavam entre 11h e meio dia. Os estudantes que ainda estavam em aula, pulavam os muros para acompanhar a passeata”. Afirma Lindberg.
E assim nas principais capitais do país com milhares de pessoas com caras-pintadas gritando “ fora Collor” aguardava-se o resultado do relatório da CPI que no dia 1 de setembro foi aprovado . Então em 29 de setembro a câmara votou a abertura do impeachment com 448 votos a favor, 38 contra, 23 não foram e 1 se absteve sendo transmitido pela televisão. “Eu estava no Anhangabaú pra assistir do telão”. Lembra a musa dos caras-pintadas, Cecília Lotufo. “ A cada voto era um abraço com desconhecido. No final começou um temporal mas a gente nem ligou para chuva era uma conquista de todos nós”.
Em 29 de dezembro de 1992 Collor renunciou mas o senado prosseguiu o processo e lhe tirou do cargo o tornando inelegível por 8 anos.
Aquela passeata foi