caras pintadas

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QUEM SÃO OS “CARAS-PINTADAS” DE 2013

Nos meses de junho e julho deste ano, as ruas brasileiras foram tomadas pela multidão, momento este em que a imprensa e a população mundial voltam seus olhares para o território brasileiro, pois o País também é sede da Copa das Confederações nesse período. As manifestações iniciaram em Porto Alegre, espalhando-se para as demais capitais e cidades do interior. O aumento da tarifa em 20 centavos e a má qualidade do transporte público foram às pautas iniciais, ao se estenderam para outras cidades e com a repressão às manifestações, motivaram a população a protestarem contra a corrupção, a violência e a falta de transparência e pedindo por paz, direito a manifestar-se, diminuição dos impostos, fim da impunidade, melhoria nos serviços públicos, bem como, saúde e educação. Em meio aos manifestantes, algumas frases ganharam destaque, passando também para as redes sociais; entre elas estão: “Não é só pelos 20 centavos” e “Não queremos violência”.
A internet tem sido uma ferramenta importante de divulgação das manifestações. O Instituto Methodus realizou um levantamento em Porto Alegre com os participantes dos protestos e constatou que, 62,12% dos entrevistados souberam das manifestações pelo Facebook. Outros meios de comunicação, como televisão, rádio, internet em geral ou por meio de amigos tiveram representações menores. Outros fatores importantes que o instituto identifica é a faixa etária e a escolaridade das pessoas consultadas, expressos nos gráficos abaixo:

Edição do Infográfico: Briana Klaus
As manifestações que levaram grande número de pessoas às ruas chegaram até 700 mil no Rio de Janeiro e em São Paulo, deixando todos perplexos – políticos, imprensa, governos e analistas – com a proporção que as manifestações tomaram. Ações como essas não ocorriam desde 1992 com o impeachment do ex-presidente Collor, momento em que os jovens organizaram passeatas por diversas cidades do País, pintando o rosto em primeiro momento