Características das famílias brasileiras
Por esse motivo, apesar da família nuclear continuar a ser hegemônica e reconhecida como modelo “ideal”, há uma pluralidade de outros modelos de famílias, que não tem como associar à família burguesa, e tampouco tentar esconder, uma vez que essas famílias por motivos variados possuem características distintas da família nuclear.
Citando um pouco da grande variedade de modelos que existem atualmente, podemos falar das famílias monoparentais (composta apenas por um dos genitores do filho, seja ele o pai ou a mãe), das famílias recombinadas (formadas a partir de outras uniões), e a família homoafetiva, formada por casais do mesmo sexo, e que ainda não está prevista na constituição.
Todos esses modelos contribuem para a descaracterização do que ainda se chama de modelo “ideal”, que é a família nuclear burguesa, monogâmica e que aprecia a diferença entre o público e o privado, onde o espaço privado (a casa) é de responsabilidade da mulher, e o público (a rua), é responsabilidade do homem.
Conforme comentado na questão anterior, apesar de haver uma hegemonia do modelo da família nuclear burguesa, não significa que é o único modelo de família existente, principalmente em se tratando da sociedade brasileira e da sua inegável diversidade. E uma forte expressão dessa não hegemonia é a “circulação de crianças”, tema de pesquisa de Claudia Fonseca. A mesma define a circulação de crianças como a transferência e/ou partilha entre um adulto e outro, seja esse outro adulto consanguíneo ou não.
Para iniciar a discussão do tema, a