Caracterizaçao das persoangeens dos «Os Maias»
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Carlos da maiaCarlos era alto, de ombros largos, olhos negros, pele branca, cabelos negros e ondulados. Tinha barba e o bigode era arqueado aos cantos da boca. Eça caracteriza-o por apresentar uma fisionomia de um “belo cavaleiro da renascença”.
Era culto, bem educado e de gostos requintados. Ao contrario de seu pai, Pedro da maia, é fruto de uma educação à inglesa, sendo por isso corajoso e frontal. Destaca-se na sua personalidade a generosidade, o gosto pelo luxo e o diletantismo, ou seja, a incapacidade de concretizar um projeto que idealizou. (Todavia, apesar da educação, Carlos fracassou. Não foi devido a esta mas falhou, em parte, por causa do meio onde se instalou – uma sociedade parasita, ociosa, fútil e sem estímulos. Mas também devido a aspectos hereditários – a fraqueza e a cobardia do pai, o egoísmo, o futilidade e o espírito boémio da mãe.)
Neste jantar Carlos apresenta-se pela primeira vez à sociedade, mantendo sempre uma posição relativamente discreta, comentando apenas alguns aspetos.
Mostra-se defensor das ideias românticas, criticando que “o mais intolerável no realismo eram os seus grandes ares científicos” (pág. 164).
Maria Eduarda
Maria Eduarda era uma bela mulher, loira, bem feita, delicada e “com um passo soberano de deusa”, era “uma flor de uma civilização superior”. Apesar disso, era simples na maneira como se vestia, “divinamente bela, quase sempre de escuro com um curto decote onde resplandecia o incomparável esplendor do seu colo”.
Do ponto de vista de Caros da Maia, tudo o que pertencesse a Maria Eduarda era perfeito, como evidencia a expressão "Maria Eduarda! Era a primeira vez que Carlos ouvia o nome dela; e pareceu-lhe perfeito, condizendo bem com a sua beleza serena."
(Podemos verificar também que, ao contrário das outras personagens femininas Maria Eduarda nunca é criticada, Eça manteve sempre esta personagem à distância, a fim de possibilitar o desenrolar de um desfecho dramático).
João da Ega
João da Ega é a