capítulo XVIII do livro História da Riqueza do Homem
“Trabalhadores de Todos os Países, Uni-vos”
“S ocorre cada vez que os jornais publicam retratos dosbrincamos com essados sweepstakes. ivesse um milhão de dólares!” Quantas vezes já deliciosa idéia.
Ela nos felizes ganhadores
E EU t
De forma semelhante, sempre houve quem passasse uma boa parte de seu tempo especulando sobre sociedades melhores do que aquelas em que viveram. Freqüentemente, tais especulações não vão além do sonho; ocasionalmente, porém, os sonhadores realmente se entusiasmam, trabalham muito em suas idéias e concluem suas utopias — visões da sociedade ideal do futuro.
Na verdade, a tarefa não era difícil. Quase que todas as pessoas de imaginação a poderiam ter executado. Bastava olhar à volta e saberíamos o que devemos evitar. Há pobres por toda parte
— na Utopia elimina-se a pobreza; há desperdício na produção e distribuição de mercadorias — na Utopia, formula-se um método de produção e distribuição 100% eficiente. Há injustiça por toda parte — na Utopia, estabelecem-se tribunais honestos, presididos por juizes honestos (ou organizam-se as coisas de tal modo que tribunais e juízes sejam totalmente desnecessários). Há miséria, doença, infelicidade — na Utopia, há saúde, riqueza e felicidade para todos.
Talvez o princípio básico mais importante para todos os sonhadores de utopias fosse a abolição do capitalismo. No sistema capitalista viam apenas males. Era desperdiçado, injusto, sem plano.
Desejavam uma sociedade planificada, que fosse eficiente e justa. No capitalismo, os poucos que não trabalhavam viviam com conforto e luxo, graças à propriedade dos meios de produção. Os utopistas viam na propriedade comum desses meios a forma de viverem todos bem. Por isso, em suas sociedades visionárias, planejavam que os muitos que executariam o trabalho viveriam com conforto e luxo, graças à propriedade dos meios de produção. Isso era o socialismo — e era o sonho dos utópicos.
Surgiu então Karl Marx.
Também ele