Capítulo VIII – Dos que chegaram ao principado pelo crime
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Capítulo VIII – Dos que chegaram ao principado pelo crime “Dois são os modos de se tornar príncipe, e que não podem ser atribuídos inteiramente à fortuna ou ao valor. (...)” Sem considerar fortuna ou valor, é possível se tornar príncipe. Porém, os métodos são baseados na desonra e no crime. Sendo assim, é possível chegar ao principado pela maldade ou, por favor de seus conterrâneos. “Agátocles Siciliano chegou a rei de Siracusa, sendo não apenas de impura mas ainda de condição abjeta. (...)” Agátocles sempre viveu criminosamente e chegou a pretor de Siracusa através de sua maldade. Visava o principado e mantê-lo à partir da violência. “A respeito deste seu propósito, entendeu-se com Amílcar, cartaginês, cujos exércitos estavam na Sicília e, certa manhã, fez reunir o povo e o Senado de Siracusa, como se fosse proceder a consulta sobre negócios públicos. (...)” À partir de seu objetivo, reuniu o povo e o Senado de Siracusa, não sendo uma reunião de negócios, através de um sinal seus soldados exterminaram os Senadores e os homens mais ricos da cidade. Apoderou-se do poder e conservou-o sem sofrer hostilidade. Pôde, então, cercar a cidade e defendê-la contra os inimigos. Ao livrar Siracusa do cerco, reduziu os cartagineses à condição miserável, fazendo com que deixassem à Agátocles a Sicília e se contentassem com a África. Portanto, apesar de toda sua habilidade, não se pode atribuir glória à Agátocles. Sua crueldade não permite que seja celebrado como um dos homens mais ilustres da história. Não existia piedade, fidelidade, religião ou fé. “Em nossa época, sob o reinado de Alexandre VI, Oliverotto da Fermo, que alguns anos antes ficara órfão, fora criado por um tio materno, chamado Giovanni Fogliani. (...)” Oliverotto fora criado por seu tio Giovanni Fogliani e durante sua mocidade, dedicou-se à vida militar para que futuramente alcançasse um posto na milícia. Após a morte de seu diretor Paolo, ficou sob o comando de seu irmão