Capítulo 2 do livro A Interpretação das Culturas de Clifford Geertz
Capítulo 2 do livro A Interpretação das Culturas de Clifford Geertz
O segundo capítulo do livro de Geertz é iniciado com uma breve dissertação sobre o método científico e a complexidade e organização das coisas, mantendo enfoque no discurso sobre as culturas. Ele diz que é possível “simplificar” o entendimento e estudo das coisas complexas usando da organização de ideias. Não necessariamente simplificar, porém tornar mais compreensível.
Geertz inicia então sua análise dos conceitos de cultura e de homem com uma sequência de ideias. Contudo, ele começa apresentando os conceitos iluministas e da antropologia clássica, dos quais ele parece discordar sem esforço, mudando talvez de opinião quanto à apresentação dos conceitos da antropologia clássica.
Sob a visão iluminista, os homens eram simples e todos iguais, pelo menos no seu interior, não tendo a cultura grande influência sob a natureza humana. Ela agiria mais como um fator ofuscante do que seria o homem, um fator que afasta o homem de uma cultura do homem de outra cultura.
Já a antropologia clássica defende a mudança do homem pelo meio em que vive, influenciado intensa e constantemente pela cultura. Aparentemente, Geertz passa a concordar com essa visão do homem inserido em sociedade. Pode até ter um início em comum, mas para por ai. O meio molda o homem e o torna mais adaptado e direcionado para o mundo que vive.
Entra ai o conceito da concepção estratigráfica, onde o homem seria definido mediante quatro aspectos suficientes pro si só: biológico, cultural, social e psicológico Ele diz que procurou-se dividir o homem entre tais quesitos para se achar uma universalidade cultural.
Se fosse possível encontrar uma universal cultural, talvez fosse possível então encontrar um homem base, genérico, que possa ser melhor estudado e compreendido pelos estudiosos do assunto. Algo como uma unidade básica da humanidade, sem qualquer ligação com uma ou outra cultura em particular.