"A interpretação das culturas" e "O nervo cala, o nervo fala" ( Correlação entre os textos )
Polo Universitário De Campos Dos Goytacazes
Graduação em Psicologia (Bacharelado)
Trabalho de Antropologia
Laura Seipel Da Silva Baleeiro;
Luciana De Oliveira Silva
Campos dos Goytacazes – RJ
Maio/2014
Correlação entre os livros: “A interpretação das culturas”; capítulo 2 “O impacto do conceito de cultura sobre o conceito de homem” de Clifford Geertz e “O nervo cala, o nervo fala” de Maria Lucia da Silveira.
Trabalho final, apresentado a Universidade Federal Fluminense, como parte das exigências para a disciplina antropologia I ministrada pelo Professor
Dr. Rogério Lopes Azize.
“Se um homem pudesse ter metade dos seus desejos realizados, teria mais aflições do que prazeres.”
Benjamin Franklin
Na discussão sobre o processo civilizador no Ocidente, Elias (1994) aponta que desde os primórdios da humanidade há uma preocupação em estabelecer normas de conduta e regras de comportamento nos usos do corpo entre os grupos sociais. O processo civilizador contribuiu para a constituição de uma sociedade disciplinar, sendo essa disciplina constituída por meio das relações de poder (Foucault, 1979). Clifford Geertz propõe duas ideias centrais em “ O impacto do conceito de cultura sobre o conceito de homem” : primeiramente, a cultura não deve ser vista como um padrão concreto de comportamento -costumes, usos e tradições-
e sim como um conjunto de
mecanismo de controle –planos, receitas, regras e instruções- Já que segundo o autor aquilo que chamamos de “ natureza humana” independente da cultura não existe. Geertz reforça essa ideia ao relatar que ao contrário da perspectiva tradicional entre as relações biológicas e culturais do homem a cultura não foi meramente acrescentada a uma espécie biologicamente “acabada” para que a partir de então seu desenvolvimento fosse regido pela mesma, ao contrário, a cultura foi um “ingrediente” fundamental na evolução dessa espécie, e esteve