Capítulo 1 do livro “O trabalho do antropólogo” de Roberto Cardoso de Oliveira
É interessante quando Oliver coloca que o Antropólogo, por mais que ele passe todo o tempo no campo de pesquisa, o ato de escrever fora do campo de pesquisa é o que gera o verdadeiro conhecimento. O processo de textualização é essencial para a comunicação e divulgação do conhecimento. Dentro dessa ideia surge o conceito de idiomas das disciplinas,que seriam os idiomas por meio dos quais os estudiosos pensam e se comunicam. O homem precisa da coletividade para produzir conhecimento. A antropologia não fica de fora. É na hora de trancrever suas análises o pesquisador tem autonomia e faz sua interpretação de acordo com o seu conehcimento previo. Oliver o ato de escrever esta associado ao pensamento, é no escrever que o pesquisador faz sua reflexão sobre o problema encontrado na observação e apartir disso passa a busca soluções. O autor traz no texto a importancia do olhar, ouvir e escrever para a o antropólogo e para a antropologia. Como a antropologia lida com os seres humanos, seres complexos, e preciso de um instrumento tão complexo quanto. Por mais que as armas do antropologo apresentão ser coisas “tão simples”, na verdade não são, visto que, são coisas dinâmicas, que estão em constantes transformações, um antropologo não consegue reproduzir um estudo e chegar nos mesmo resultados, por mais que reproduza as mesmas condições. Dois valores são marcantes no fazer antropológico: a observação participante e a relativização, sendo este último para o autor uma atitude epistêmica, essencial para a antropologia. Não há como dar conta de um fenômeno tão complexo como a vida humana em suas relações sem se utilizar de um instrumento tão complexo quanto. Daí a importância e a singularidade do olhar, do ouvir e do escrever, instrumentos complexos e intrínsecos ao homem, e sob uma forma especial ao métier do antropólogo.