Alteridade: Uma forte característica do processo terapêutico, na arte do Cuidar! Falar de um processo terapêutico, que visa abrir um leque de possibilidades, para que o Outro possa se reconhecer, é se remeter ao termo usado de grande valia: Alteridade. Que segundo definições, seria a “circunstância, condição ou característica que se desenvolve por relações de diferença, de contraste”, ou seja, se dá a partir do momento em que o Outro ao ir de encontro ao que estamos sendo, altera o que podemos achar que somos. Seria de fato, o momento em que esse Outro, pode mergulhar, naquilo que nos subjetiva, passando assim a se colocar no nosso lugar e compreender as causas do que trazemos como bagagem da nossa vivência. A noção de alteridade deve ser vista e vivenciada em todos os aspectos do CUIDAR, daquele que agrega em si, a noção da escuta, que pretende enxergar o Outro, não como portador de uma determinada, doença, transtorno ou até mesmo de uma desestrutura psicológica. Esse Outro deve ser olhado de uma maneira diferente, para que assim ele passe a perceber onde habita e em que lugar se insere no cenário social. Na maioria das vezes, esse Outro se encontra na ausência da hospitalidade, onde traz em seu discurso, angústias, temores e dúvidas de quem possa ser e o que está sendo no momento. Independentemente da fase, da demanda, o Outro traz consigo, a necessidade de escancarar-se e mostrar o que parece custar para que a sociedade enxergue, portanto, o CUIDADO começa a se dar, a partir do momento, em que alguém possa levar em consideração, tudo o que para ele tem importância, que o torna único, que lhe torna singular. É necessário que se mude a mentalidade, que se transformem as atitudes, para que assim as relações sociais possam ser transformadas e sejam vistas como palco de construções e desconstruções subjetivas. Finalizando, é necessário um alerta, a arte de CUIDAR, vai além de um desejo, se torna uma decisão, quando os conteúdos que o Outro traz em seu