Imunologia
10/08/2005
Entre os mecanismos inespecíficos do sistema imune, temos aqueles que disponibilizam uma primeira linha de defesa contra aqueles patógenos, e que se encontram presentes na pele e em todas as mucosas. As superfícies epiteliais são muito bem protegidas, oferecendo uma linha de defesa composta por barreiras físicas e mecânicas, bem como barreiras químicas.
Para penetrarem no nosso organismo, os vírus precisam ultrapassar as barreiras proporcionadas pela pele e pelas mucosas. No caso da pele, existe um bom sistema de defesa representado pela queratina. Desta forma, para que um vírus consiga penetrar na pele é necessário um trauma, uma ruptura, pré-existente.
No trato respiratório e no trato gastrintestinal, vamos ter a presença de células produtoras de muco, que têm como função reter partículas estranhas. No caso do trato respiratório estas partículas estranhas são expelidas pela tosse e no trato gastrintestinal, elas saem pelas fezes.
Sendo assim, o muco é um excelente sistema protetor, que recebe a colaboração das células ciliadas, no caso do sistema respiratório que, com seus batimentos, criam um fluxo que favorece o sistema de defesa. Os alcoólatras e fumantes têm este sistema prejudicado, pois estes indivíduos têm uma maior propensão a pneumonias, além do fato dos macrófagos alveolares apresentarem uma relativa deficiência.
O peristaltismo, movimento ondulatório do trato gastrintestinal, a lágrima, os reflexos da tosse e do espirro, funcionam como mecanismos de defesa e barreiras contra os micróbios.
A tosse e o espirro além de serem reflexos de limpeza funcionam também como mecanismos de transmissão de infecções virais respiratórias, através do muco, da saliva e de aerossóis.
Barreiras químicas, tais como o baixo ph do suco gástrico, atuam sobre aqueles vírus sensíveis a estes ambientes. Os vírus que penetram pela via oral e são eliminados pelas fezes, não apresentam envelope, fato que proporciona uma garantia