Capitulo vii - a beleza segundo a estética idealista alemã
A Beleza Segundo a Estética Idealista Alemã
1. Schiller e a Reconstrução da Estética
Segundo Moritz Geiger, Kant ao dizer que a Beleza é uma construção do espírito que contempla o objeto, e não neste em si, estaria destruindo a Estética, tornando impossível qualquer julgamento das obras de arte. De fato, se a beleza depende do ponto de vista do observador individualmente, os objetos passam a não ser mais nem bonitos nem feios, pois esta é construída a partir de sua relação com o observador. Eles procuravam uma “conciliação” entre o objetivismo tradicional e o subjetivismo kantiano, como por exemplo, Schiller, cujo pensamento afirma que a beleza é ao mesmo tempo um objeto para nós, porque a reflexão é a condição de que tenhamos um sentimento dela e um estado de nosso sujeito, pois o sentimento é a condição de que podemos ter ela uma percepção.
Comentário: Para o poeta, dramaturgo e pensador Schiller não fogem exatamente do pensamento Kantiano, porque o que este chama de reflexão é diferente da noção que tem os pensadores realistas e objetivistas do intelecto, tendo isso presente, não exclui a parte obscura da inteligência, ao mesmo tempo em que ao dizer que a beleza é um objeto contraria os paradoxos de Kant.
2. A teoria da Aparência Estética
Schiller se destaca ainda, por ter formulado a teoria da aparência estética, onde o mundo da arte e da beleza seria um mundo de aparência, mas a aparência estética é uma aparência honesta, não significando que este mundo seja inferior ao real: preparando o caminho para a estética helenística, ele põe a aparência estética como superior à do mundo real. Para ele, o real é fruto das coisas e a aparência estética é fruto dos homens, em relação a estes ele afirma “O homem é civilizado na proporção em que aprende a valorizar a aparência por cima da realidade pratica corrente”.
Comentário: O estudo da estética deve-se bastante ao Schiller, pelo seu desenvolvimento da teoria “aparência estética”, depois se